Viver é desenhar sem borracha.(Fernando Pessoa)
Nos esforçamos para fazer o certo, quase sempre, mas a nossa pequenez faz com que os erros aconteçam. Triste realidade. Porém,não devemos esmorecer. Ainda que o desenho esteja borrado, a consciência de que se fez o certo é um analgésico revigorador. A questão é: o que é o certo? Qual o canon estamos utilizando?Seguimos um vetor ou uma linha reta?
Mudamos a cada instante. O meio, a midia, as circunstancias, o inferno... tentam nos seduzir a seguir seus ideais. Se não tomarmos uma postura severa de desintoxicação dos valores invertidos seremos afogados pela lama da sombra da morte. Mudanças são sadias quando nos conduzem ao referencial correto.
Por natureza somos inimigos da luz. A imago dei foi manchada. Fazer o certo é ir de encontro a nós mesmos. Renunciar, verbo pouco conjugado. Sendo assim, ser um revolucionário é um ideal a ser buscado. É preciso morrer a cada dia.
Somos parte da historia, a de Deus,ou a do diabo, ou a do egoismo humano;historia que se escreve paulatinamente nos encontros e desencontros sociais. No palco da vida muitas vezes queremos ser ator e diretor ao mesmo tempo. É preciso se situar no imenso plano da raça humana idealizado pelo criador.Viver a vida Dele. "Zoe", grego.Jesus, a imago dei.
Estar longe de Deus é morte, assombroso, aterrorizador, traumatizante. O pior do inferno não é o fogo e enxofre, é a ausência total de Deus. Quando não o colocamos em nossos planos desfrutamos um pouco do Geena. Longes da presença do onipresente.
Há quem acredite no anjo borrachudo, que escreve e apaga o nome daqueles que aceitam e se afastam dos caminhos do Senhor. Ainda bem que as Escrituras não nos dão respaldo para este embuste. Sendo assim, o viver não seria algo surpreendente, que nos gratifica com o novo a cada momento, mas algo que, rasurado pela pressão do ato no ator, marionetizaria a vida e mecanizaria as ações do ser chamado humano.
soli deo gloria!
terra
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