terça-feira, 23 de novembro de 2010

Homofobia x Terrorismo x Democracia

O AI-5 GAY JÁ COMEÇA A SATANIZAR PESSOAS; SE APROVADO, VAI PROVOCAR O CONTRÁRIO DO QUE PRETENDE: ACABARÁ ISOLANDO OS GAYS
O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, chanceler a Universidade Mackenzie — homem inteligente, capaz, disciplinado na sua fé e respeitador das leis do país; sim, eu o conheço — está sendo alvo de uma violenta campanha de difamação na Internet. Na próxima quarta, grupos gays anunciam um protesto nas imediações da universidade que ele dirige com zelo exemplar. Por quê? Ele teve a “ousadia”, vejam só, de publicar, num cantinho que lhe cabe no site da instituição trecho de uma resolução da Igreja Presbiteriana do Brasil contra a descriminação do aborto e contra aprovação do PL 122/2006 — a tal lei que criminaliza a homofobia (aqui). O texto nem era seu, mas do reverendo Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. A íntegra do documento estáaqui. Pode-se ler lá o que segue:
“Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica (…), a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos”.
Respondam: o que há de errado ou discriminatório nesse texto? A PL 122 nem foi aprovada ainda, e as perseguições já começaram. Vamos tornar ainda mais séria essa conversa. Há gente que gosta das soluções simples e erradas para problemas difíceis. Eu estou aqui para mostrar que há coisas que, simples na aparência, são muito complicadas na essência. Afirmei certa feita que o verdadeiro negro do mundo era o branco, pobre, heterossexual e católico. Era um exagero, claro!, uma expressão de mordacidade. A minha ironia começa a se transformar numa referência da realidade. A PL 122 é flagrantemente inconstitucional; provocará, se aprovada, efeitos contrários àqueles pretendidos e agride a liberdade religiosa. É simples assim. Mas vamos por partes, complicando sempre, como anunciei.
Homofóbico?
Repudio o pensamento politicamente correto, porque burro, e o pensamento nem-nem — aquele da turma do “nem isso nem aquilo”. Não raro, é coisa de covardes, de quem quer ficar em cima do muro. Procuro ser claro sobre qualquer assunto. Leitores habituais deste blog já me deram algumas bordoadas porque não vejo nada de mal, por exemplo, na união civil de homossexuais — que não é “casamento”. Alguns diriam que penso coisa ainda “pior”: se tiverem condições materiais e psicológicas para tanto, e não havendo heterossexuais que o façam, acho aceitável que gays adotem crianças. Minhas opiniões nascem da convicção, que considero cientificamente embasada, de que “homossexualidade não pega”, isto é, nem é transmissível nem é “curável”. Não sendo uma “opção” (se fosse, todos escolheriam ser héteros), tampouco é uma doença. Mais: não me parece que a promiscuidade seja apanágio dos gays, em que pese a face visível de certas correntes contribuir para a má fama do conjunto.
“Que diabo de católico é você?”, podem indagar alguns. Um católico disciplinado. É o que eu penso, mas respeito e compreendo a posição da minha igreja. Tampouco acho que ela deva ficar mudando de idéia ao sabor da pressão deste ou daqueles grupos católicos. Disciplina e hierarquia são libertadoras e garantem o que tem de ser preservado. Não tentem ensinar a Igreja Católica a sobreviver. Ela sabe como fazer. Outra hora volto a esse particular. Não destaco as minhas opiniões “polêmicas” para evitar que me rotulem disso ou daquilo. Eu estou me lixando para o que pensam a meu respeito. Escrevo o que acho que tem de ser escrito.
Aberração e militânciaTer tais opiniões não me impede de considerar que o tal PL 122 é uma aberração, que busca criar uma categoria especial de pessoas. E aqui cabe uma pequena história. Tudo começou com o Projeto de Lei nº 5003/2001, na Câmara, de autoria da deputada Iara Bernardes, do PT. Ele alterava a Lei nº 7716, de 1989, que pune preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional (íntegra aqui) acrescentando ao texto a chamada discriminação de gênero. Para amenizar o caráter de “pogrom gay”, o senador Marcelo Crivella acrescentou também a discriminação contra idoso e contra deficientes como passível de punição. Só acrescentou absurdos novos.
Antes que me atenha a eles, algumas outras considerações. À esteira do ataque contra três rapazes perpetrados por cinco delinqüentes na Avenida Paulista, que deveriam estar recolhidos (já escrevi a respeito), grupos gays se manifestaram. E voltou a circular a tal informação de que o Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo. É mesmo? Este também é um dos países que mais matam heterossexuais no mundo!!! São 50 mil assassinatos por ano. Se os gays catalogados não chegam a 200 — e digamos que eles sejam 5% da população; há quem fale em 9%; não importa —, há certamente subnotificação, certo? “Ah, mas estamos falando dos crimes da homofobia…” Sei. Michês que matam seus clientes são ou não considerados “gays”? Há crimes que não estão associados à “orientação sexual” ou à “identidade de gênero”, mas a um modo de vida. Cumpre não mistificar. Mas vamos ao tal PL.
DisparatesA Lei nº 7716 é uma lei contra o racismo. Sexualidade, agora, é raça? Ora, nem a raça é “raça”, não é mesmo? Salvo melhor juízo, somos todos da “raça humana”. O racismo é um crime imprescritível e inafiançável, e entrariam nessa categoria os cometidos contra “gênero, orientação sexual e identidade de gênero.” Que diabo vem a ser “identidade de gênero”. Suponho que é o homem que se identifica como mulher e também o contrário. Ok. A lei não proíbe ninguém de se transvestir. Mas vamos seguir então.
Leiam um trecho do PL 122:
Art. 4º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescida do seguinte Art. 4º-A:
“Art. 4º-A Praticar o empregador ou seu preposto atos de dispensa direta ou indireta: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)anos.”
Art. 5º Os arts. 5º, 6º e 7º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 5º Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público: Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.”
Para demitir um homossexual, um empregador terá de pensar duas vezes. E cinco para contratar — caso essa homossexualidade seja aparente. Por quê? Ora, fica decretado que todos os gays são competentes. Aliás, na forma como está a lei, só mesmo os brancos, machos, heterossexuais e eventualmente cristãos não terão a que recorrer em caso de dispensa. Jamais poderão dizer: “Pô, fui demitido só porque sou hétero e branco! Quanta injustiça!”. O corolário óbvio dessa lei será, então, a imposição posterior de uma cota de “gênero”, “orientação” e “identidade” nas empresas. Avancemos.
“Art. 6º Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir, em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional: Pena - reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos. ”Cristãos, muçulmanos, judeus etc têm as suas escolas infantis, por exemplo. Sejamos óbvios, claros, práticos: terão de ignorar o que pensam a respeito da homossexualidade, da “orientação sexual” ou da “identidade de gênero” — e a Constituição lhes assegura a liberdade religiosa — e contratar, por exemplo, alguém que, sendo João, se identifique como Joana? Ou isso ou cana?
Art. 7º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes art. 8º-A e 8º-B:
“Art. 8º-B Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.”
Pastores, padres, rabinos etc. estariam impedidos de coibir a manifestação de “afetividade”, ainda que os fundamentos de sua religião a condenem. O PL 122 não apenas iguala a orientação sexual a raça como também declara nulos alguns fundamentos religiosos. É o fim da picada! Aliás, dada a redação, estaríamos diante de uma situação interessante: o homossexual reprimido por um pastor, por exemplo, acusaria o religioso de homofobia, e o religioso acusaria o homossexual de discriminação religiosa, já que estaria impedido de dizer o que pensa. Um confronto de idéias e posturas que poderia ser exercido em liberdade acaba na cadeia. Mas o Ai-5 mesmo vem agora:
“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero:
§ 5º O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.”
Não há meio-termo: uma simples pregação contra a prática homossexual pode mandar um religioso para a cadeia: crime inafiançável e imprescritível. Se for servidor público, perderá o cargo. Não poderá fazer contratos com órgãos oficiais ou fundações, pagará multa… Enfim, sua vida estará desgraçada para sempre. Afinal, alguém sempre poderá alegar que um simples sermão o expôs a uma situação “psicologicamente vexatória”. A lei é explícita: um “processo administrativo e penal terá início”, entre outras situações, se houver um simples“comunicado de organizações não governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.” Não precisa nem ser o “ofendido” a reclamar: basta que uma ONG tome as suas dores.
A PL 122 institui o estado policial gay! E o chanceler no Mackenzie, Augustus Nicodemus Lopes, já é alvo dessa patrulha antes mesmo de essa lei ser aprovada.
O que querem os proponentes dessa aberração? Proteger os gays? Não há o risco de que aconteça o contrário? A simples altercação com um homossexual, por motivo absolutamente alheio à sua sexualidade, poderia expor um indivíduo qualquer a um risco considerável. Se o sujeito — no caso, o gay — for honesto, bem: não vai apelar à sua condição de “minoria especialmente protegida”; se desonesto — e os há, não? —, pode decidir infernizar a vida do outro. Assim, haverá certamente quem considere que o melhor é se resguardar. É possível que os empregadores se protejam de futuros dissabores, preferindo não arriscar. Esse PL empurra os gays de volta para o gueto.
Linchamento moral
O PL 122 é uma aberração jurídica, viola a liberdade religiosa e cria uma categoria de indivíduos especiais. À diferença de suas “boas intenções”, pode é contribuir para a discriminação, à medida que transforma os gays numa espécie de “perigo legal”. Os homossexuais nunca tiveram tanta visibilidade. Um gay assumido venceu, por exemplo, uma das jornadas do BBB. Cito o caso porque houve ampla votação popular. A “causa” está nas novelas. Programas de TV exibem abertamente o “beijo gay”. Existe preconceito? Certamente! Mas não será vencido com uma lei que acirra as contradições e as diferenças em vez de apontar para um pacto civilizado de convivência. Segundo as regras da democracia, há, sim, quem não goste dessa exposição e se mobiliza contra ela. É do jogo.
Ninguém precisa de uma “lei” especial para punir aqueles delinqüentes da Paulista. Eles não estão fora da cadeia (ou da Fundação Casa) porque são heterossexuais, e sua vítima, homossexual. A questão, nesse caso, infelizmente, é muito mais profunda e diz muito mais sobre o Brasil profundo: estão soltos por causa de um preconceito social. Os homossexuais que foram protestar na Paulista movidos pela causa da “orientação sexual” reduziram a gravidade do problema.
Um bom caminho para a liberdade é não linchar nem física nem moralmente aqueles de quem não gostamos ou com quem não concordamos. Seria conveniente que os grupos gays parassem de quebrar lâmpadas na cabeça de Augustus Nicodemus Lopes, o chanceler do Mackenzie. E que não colocassem com tanta vontade uma corda no próprio pescoço sob o pretexto de se proteger. Mas como iluminar minimamente a mentalidade de quem troca o pensamento pela militância?
Quando trato de temas como esse, petralhas costumam invadir o blog com grosserias homofóbicas na esperança de que sejam publicadas para que possam, depois, sair satanizando o blog por aí. Aviso: a tática é inútil.  Não serão! Este blog é contra o PL 122 porque preza os valores universais da democracia, que protegem até os que não são gays…
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Revivendo e renovando o primeiro amor

Ouvindo as músicas de meus primeros passos na fé pude relembrar a sublimidade daqueles momentos na presença do Rei. Tudo era puro, tudo era motivo de ações de graças, tudo era céu, tudo era oração, tudo era oportunidade de evangelismo, tudo era comunhão, tudo era louvor, tudo era entrega, tudo era consagração, tudo era por Ele e para Ele…

Relembrando estas coisas vejo que preciso voltar urgentemente ao primeiro amor, não como motivo de medo ou horror do fim, mas como motivo de gratidão e alegria por Aquele que tanto nos ama.

Que fase produtiva. A palavra estava presente em tudo o que se fazia ou pensava – obra do Espírito – coisa maravilhosa. O senso da presença divina era patente. Glorias ao Deus Triúno!

Mas, como permanecer neste  estado de glória? Certa criança perguntou ao seu pai: –Pai, por que os adultos param de crescer? O paradoxo do crescimento é que o conhecimento parece que traz consigo a aridez da vida. Perdemos o foco e a visão do alto. Claro que este é o lado negativo do crescimento mal ajustado, pois é vontade do Pai que cresçamos em tudo naquele que é o Cabeça, Cristo. Não perdermos a dependência do Alto é primordial para continuarmos em sintonia com a Fé; Termos a Palavra norteando os nossos atos e decisões é primordial para nosso testemunho; Estar debaixo da vontade de Deus é consequência das disciplinas espirituais. NÃO PAREMOS DE CRESCER!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Precisamos de Pais Espirituais

Muitos cristãos atualmente procuram mais ter do que ser. Suas ações buscam mais consumir os produtos que a igreja oferece, o que nem sempre é legítimo e bíblico, em detrimento de uma vida ligada à fonte e mais comprometida com sua nova natureza espiritual. Parece-me, então, que estamos diante de duas realidades pelas quais se movimentam os cristãos de nossa geração. Diante disso me pergunto: A Igreja do Senhor Jesus na terra é CONSUMO OU É CORPO? Nem tudo o que é corpo é igreja, e nem tudo o que é igreja é corpo. Mas, há que se escolher.

A Igreja Consumo: É uma igreja que tem pouca identidade de corpo. Não tem relação íntima, é inconsequente. Não conhece os mandamentos da mutualidade. É solta, sem compromisso, individualista, por isso, só consome. É uma comunidade que oferece produtos ao mercado, se preocupa com a promoção do dia e vantagens da semana. Vive de programas e eventos, para manter os consumistas cativos dos seus objetivos. É uma instituição ou clube que apenas agrada para dar satisfação momentânea. É mais aceita porque não exige mudança de vida, entretanto, cobra tudo porque está dentro da visão da “oferta e da procura”.

A Igreja Corpo: É uma igreja que vive o Corpo de Cristo. Tem experiência de novo nascimento, é regenrada e experimentou uma nova natureza. Tem compromisso de uma vida com Cristo e procura viver esta vida no poder do Senhor Jesus. Tem compromisso com a família de salvos e se relaciona para a edificação do Corpo. Luta para afirmar sua imagem no caráter de Cristo. É menos aceita porque pressupõe cabeça. Desta forma pressupõe autoridade e direção.

O crescimento da igreja no Brasil tem produzido um vazio de relacionamentos. Na medida que a igreja local cresce, aumenta a necessidade de um discipulado gerador de pais, mães e filhos espirituais.

Há, no mundo hoje, um mover de Deus para restaurar o sentido de Corpo na igreja, o sentido de família. Paralelamente há também um mover de Deus para restaurar a família, pois é notória a crise vivida pela família, o que, por sua vez, afeta a igreja. Deus quer restaurar a autoridade na família, dar-lhe direção e, por decorrência, restaurar a autoridade espiritual na igreja.

Observa-se, hoje, uma clara disfunção na família onde o homem parece ter perdido sua identidade masculina e, assim, ter perdido o sentido de cabeça. A mulher cada vez mais assume essa função, não porque ela quer, mas por causa da omissão do marido. Outro problema é que os pais foram substituídos por babás, e os filhos se perguntam: quem é meu pai? quem é minha mãe?

De igual modo percebemos uma visual disfunção na igreja atual, onde os líderes se tornaram apenas administradores e gerentes. Assim consideramos pessoas como números. Saliento que a igreja precisa de bons administradores. Os professores de bíblia que apenas informam, transmitem conhecimento intelectual. Porém não formam o caráter de Cristo nas pessoas. Não porque não queiram, mas porque este é o modelo que temos.

Da mesma maneira que precisamos de pais e mães na família, também necessitamos de pais e mães espirituais na igreja. É uma imperiosa necessidade hoje, para estabelecer vínculos duradouros e relacionamentos saudáveis.

Um dia me procurou um membro da igreja e disse: ”Pastor, eu preciso de um pai espiritual. Eu quero que o senhor seja meu pai espiritual”. Perguntei-me: ”Mas ele está sendo pastoreado! será que ele quer um tratamento vip? Como vou fazer isso com tanta gente?”

Ali estava um precioso irmão com certa liderança, sendo orientado para o ministério, cursando seminário, ganhando e discipulando almas, mas precisava de algo mais.

ESTABELECENDO A PATERNIDADE ESPIRITUAL

Creio que a paternidade espiritual nasce na grande comissão em Mateus 28.18-20. Após a ressurreição Jesus está dizendo no versículo 18 que: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra”, aí no verso 19 Ele dá uma ordem: “Ide, fazei discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Estou fazendo uma nova leitura desse texto. Por muitos anos fiquei fixo nessas três palavras que hoje me parecem mais técnicas e independentes, embora necessárias: Ide, Fazer e BatizarPensando no que Jesus falou no verso 19, delegando sua autoridade aos discípulos e dizendo no verso 20 “…eis que estou convosco todos os dias…” , Ele estava agindo como Pai Espiritual, na autoridade de Pai delegada por Deus Pai. Mesmo porque, em João 20.2122, quando, após a ressurreição Ele aparece aos discípulos e diz: “Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: recebei o Espírito Santo…”.

A Igreja do Senhor Jesus Cristo é uma comunidade de relacionamentos e isso é próprio da Igreja Corpo. O desafio para nós hoje, é nos transformarmos em pais espirituais. Precisamos restaurar o conceito de paternidade, um pouco perdida no tempo. Pais que não apenas façam filhos, mas gerem vida e cuidem delas sempre, pais de tempo integral.

Na Igreja Corpo que prima por relacionamentos saudáveis, acontece o discipulado por convívio. Atos 2 registra isto. Mas não há como ser pai e mãe espiritual de todos os membros da igreja ao mesmo tempo. É preciso gerá-los, cuidá-los e treiná-los para que a igreja toda seja cuidada. O discipulado por convívio não se ensina na sala de aula somente, é convivência. Pais dão tempo aos seus filhos e não só informação. Como Jesus aos 12 discípúlos, aos 70, aos 120, e aos três mais íntimos. Precisamos de relacionamentos de fé e confiança.(texto do pastor Cláudio Espíndola, 2005).

Tenhamos humildade para solicitar ajuda quando necessitarmos! E estajamos prontos para sermos cireneus no caminho do Gólgota.